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Não existe tédio nessa vida.
Depois de nada menos que 12 cortes seguidos, o Copom decidiu, por unanimidade, deixar os juros básicos da economia brasileira intactos, em 6,5% ao ano.
A maior parte dos analistas do mercado esperava uma nova redução da Selic, para 6,25%, por conta das indicações que vinham sendo dadas pelo próprio presidente do Banco Central.
Não só não houve o corte, como o BC deixou claro que o processo de flexibilização monetária para por aqui.
Em seu comunicado, o Copom diz que vê como adequada a manutenção da taxa de juros no patamar corrente, mas ressalta que, claro, os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.
A decisão vem num contexto de preocupação especial com o câmbio. A forte valorização do dólar em relação ao real em um curto período de tempo adiciona risco para a inflação brasileira.
Antes dessa última reunião do Copom, o mercado já tinha como cenário básico um aumento dos juros em 2019. Cabe agora acompanhar a divulgação de novos indicadores da economia brasileira e é, claro, o noticiário externo para entender qual deverá ser a direção tomada pelo Banco Central nos próximos meses.
Para os seus investimentos na renda fixa, continua a preferência por ativos pós-fixados, que possam capturar um aumento futuro dos juros e da inflação.
E mesmo com o fim do ciclo de corte dos juros, a Selic segue em um nível extremamente baixo, o que reforça a necessidade de a gente ter posições mais expressivas em renda variável, seja em ações, fundos imobiliários, fundos multimercados ou outros tantos ativos.
O que não dá é para ficar parado.
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